quarta-feira, 21 de setembro de 2016

RESENHA DE ELIESER CESAR PARA "O CHÃO QUE EM MIM SE MOVE"



   O escritor e jornalista Elieser Cesar publicou em seu blog "Salve, César" (eliesercesar.wordpress.com) uma resenha sobre meu livro de contos "O chão ue em mim se move". Recomendo a leitura, claro. E reproduzo abaixo alguns trechos:

   "A exemplo de William Faulkner, com o condado de Yoknapatawpha, Gabriel Garcia Márquez e sua  Macondo, Juan Rulfo e Comala, Juan Carlos Onetti e Santa Maria, o brasileiro Vicente Cecim, e Andara e  tantos outros lugares, reais ou fictícios, o escritor baiano Carlos Barbosa também tem, delimitada na carne e na alma, o seu atávico território literário: Bendiá, Bom Jardim, Ibotirama e, de modo mais amplo e fluvial, como um escrita que invade os afluentes  da memória, o rio São Francisco, o Velho Chico no qual navegam uma triste dama e uma esquadra de histórias já  contadas e ainda por contar.
   O terreno do autor dos romances A Dama do Velho Chico (2002) e Beira de Rio, Correnteza (2009), tributário das águas imemoriais do rio dos sertanejos, é o chão mítico de sua infância, vivida em Ibotirama e resgatada por um ficção fluvial no estilo (pois corre leve e solta, como as águas tranquilas) e , por vezes, revolta no conteúdo (como os redemoinhos da existência, nos quais muitos personagens acabam inapelavelmente tragados).
   Assim acontece também em O chão que em mim se move, livro de contos de Carlos Barbosa, agora lançado pela Editora Penalux. É uma coletânea de 13 histórias, algumas pungentes como o relato do menino ferroado pelos enxus, em “Era uma vez o Bendiá”, outras tristes, como a aventura do homem que testemunha a mãe embalar uma criança que morre  durante uma viagem de ônibus (“O Encontro), e até brutais como o sofrimento infligido ao povo ordeiro de uma pequena  comunidade por meganhas da ditadura militar  (“Queimada”). Todas, no entanto, com a marca de Carlos Babosa, um estilo ágil e cristalino, ao contar as alegrias e os dissabores do povo ribeirinho do Velho Chico, o rio da aldeia do escritor, as águas de Bendiá."

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