quinta-feira, 11 de agosto de 2016

OLIMPIADAS 9


   Vou falar da seleção, calma! Mas, depois.
   Antes, babados: coisas que sabíamos inevitáveis acontecer em solo e clima tropicais.
   Imaginem a testosterona e o feromônio soltos numa Vila Olímpica... não perguntem às camareiras, pois pode dar polícia na hora.
   Até nesse departamento, parece que a organização falha. Seria necessário, mesmo, pedir à companheira de quarto para "sartar fora", "desocupar" o espaço para se experimentar saltos e remadas com um novo parceiro? Pareceu birra. E deu rolo depois.
   Aí o medalhista vai comemorar nas ruas do Rio. Não pode haver algo mais temerário. Será que o manual não alertou o pessoal para os riscos? O rapaz acabou sem o celular e levando umas porradas, para aprender a ficar "esperto", como dizem os cariocas. Mas tá vivo. Se eu fosse ele, me agarrava à medalha e seguia comemorando na Vila Olímpica, onde a batata parece mais rasa e não intoxica.
   Jornalistas esportivos precisam aprender um pouco mais com os correspondentes de guerra. E ouvir menos a paranoia de coleguinhas que serviram o exército americano. Presse pessoal, qualquer estalo é tiro. Levar pedradas talvez seja mais perigoso. Mas é muito estardalhaço por pouco barulho.
   Desavisado, despreparado mesmo, assisti ao Galvão Bueno narrar provas do Phelps. Amigos, algo rivaliza com o deslimite da estupidez humana: o deslimite da histeria galvânica. Aquilo não era narração empolgada, parecia mais estertores de uma galinha degolada. 
   Ah, a seleção. O Micale deve agradecer aos céus a cegueira do técnico dinamarquês. Pois é só plantar a defesa e fechar o meio que os nossos craques não sabem o que fazer. Partiram pra cima, deram o contra-ataque ao Brasil, tudo o que a seleção precisava: espaço para a correria dos "Gabrieis", como diz o Chatotorix Neto, e do avozinho deles, Neymar Jr. Foi de dar dó. Até o Renato Augusto partiu da intermediária com a bola pra dentro da área dinamarquesa. Foi pouco. Podia ter saído mais uns três, mesmo porque a Fonte Nova não para de jorrar gols.
   Olimpíadas a la Brasil é isso: farra das boas, do começo ao fim.
 

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