quinta-feira, 23 de maio de 2013

SALVADOR, ZONA AZUL (2)


Depois das chuvas a buraqueira toma conta das ruas. Dizem que um buraco na Av. Paralela detonou pneus de 50 automóveis num só dia. A culpa naturalmente é da chuva, da chuva, da chuva...

Todo ano a mesma história se repete. E os cofres públicos sangram dezenas de milhões de reais na operação tapa-buraco. 

Quanto representa de despesa pública a manutenção anual do metro quadrado de uma pavimentação em paralelepípedo?

Calçamentos seculares (suspeito que alguns sejam milenares) de paralelepípedo são preservados em cidades europeias. Aqui desprezamos paralelepípedos. Onde havia, foram cobertos com um asfalto de quinta categoria. E esse asfalto, sabemos todos, exige recapeamento e tapação de buracos anuais, talvez semestrais. 

Ruas não são pistas de corrida, não precisam oferecer rolamento precioso e preciso aos automóveis. O argumento de que a trepidação estraga isso e aquilo do carro vai buraco abaixo com o asfalto que temos. Apaga, inventa outro.

Talvez sejamos ricos demais para rasgar dinheiro velho na chuva.

Talvez, na verdade, o lobby empresarial esteja acima dessas questões.

Quanto custa mesmo a manutenção anual de um metro quadrado de rua em paralelepípedo?


Foto: Portal A Tarde

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