quinta-feira, 4 de abril de 2013

A MORTE DE VIRGÍLIO, HERMANN BROCH

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[...] Isto, a descoberta do divino por meio do introspectivo conhecimento da própria alma, é a incumbência humana da arte, sua tarefa em prol da humanidade, sua tarefa em prol do saber, e justamente por esse motivo é sua razão de ser, demonstrada mediante a tenebrosa vizinhança da morte, que lhe foi imposta, já que unicamente nessa vizinhança se pode tornar arte genuína, já que somente com esse desígnio a alma humana converte-se em símbolo [...]

[...] e justamente por isso conhecia muito bem os perigos inerentes a toda vocação artística, justamente por isso sabia da intrínseca solidão do homem destinado a ser artista, solidão essa que lhe é inata e o impele à outra, mais profunda, da arte e do mutismo da beleza, e não ignorava que a maioria fracassava em face de tal isolamento [...]


Um livro portentoso que está comigo faz duas semanas. Leio uma página e volto a ler, e marco um trecho, e volto a ler, avançando lentamente junto com o poeta Virgílio em suas últimas horas de vida, na voz de Broch. Quando der por concluída a leitura, volto a falar de "A morte de Virgílio", livro que Marcelo Backes, no posfácio, iguala a "Ulisses", de J. Joyce, e "Grande sertão: veredas", de J. G. Rosa.

Imagem: Bol Fotos, comunidaderesenhaliteraria.blogspot.com

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