quarta-feira, 16 de maio de 2012

17 de maio de 1958

Entro no Google.

Uma edição da revista O Cruzeiro ostenta a data do título deste post na capa, ao preço de CR$15,00. Os assuntos, elencados em coluna à esquerda, cediam espaço maior à foto de uma beldade não identificada. Alguns dos assuntos, compreensíveis: reforma do ensino secundário, nova fórmula do futebol inglês: U-23; outros, nem tanto: fantasmas brincam em São Paulo, Belafonte não canta Calipso.

Já a revista Maquis, editada no RJ, edição no. 49, abre manchete para a denúncia: F.N.M. pagou estátua de Juscelino. Alguém tem lembrança aí do Fê-nê-mê)? E de Juscelino?

A ABPTGIC, quem diria?, foi fundada em 17 de maio de 1958. Trata-se da Associação Brasileira de Patologia do Trato Genital Inferior e Colposcopia. Impressionante, não?

Foi um sábado, fico sabendo. 

A Folha da Manhã, jornal de São Paulo, exibe a seguinte manchete: Aprovado sem modificações pelo Conselho da República o projeto que institui o estado de emergência na França. Toda em caixa alta, em duas linhas, em tipos clássicos. Na coluna ao lado, a informação de que o Sputinik III foi avistado com radar nos EUA. No meio da primeira página é possível ler o título: Violento conflito no porto entre a polícia e os partidários do general Humberto Calado.

Saio do Google.

Desisto de saber mais sobre o que aconteceu no dia em que respirei pela primeira vez. Nada encontrarei na internet sobre os ocorridos no meu lugar de nascimento e arredores, o que realmente importaria. Lá era o sertão do São Francisco, o sertão de dentro. A história dos deserdados não produz posteridade. A não ser que um escritor de gênio faça dela matéria de sua arte. 

Ganhei "Os miseráveis" de presente antecipado da minha amada.  

Amanhã começarei o dia indo ao médico. 


segunda-feira, 7 de maio de 2012

LEITURA PÚBLICA, 10 DE MAIO, 17h

O poeta baiano Ruy Espinheira Filho é um dos talentos da geração 70
 (Global Editora/Divulgação)

Ruy Espinheira Filho estará na próxima quinta-feira, a partir das 17h, no Quadrilátero da Biblioteca dos Barris, fazendo a leitura de textos de sua autoria. O projeto Leituras Públicas foi idealizado e implementado pela Diretoria do Livro e da Leitura da Fundação Pedro Calmon. O mediador será o escriba aqui, um leitor e admirador das poesia e prosa do Mestre Ruy. Compareçam, divulguem!


Imagem: blog Conteúdo Livre

quarta-feira, 2 de maio de 2012

MELHORES POEMAS - RUY ESPINHEIRA FILHO


     
Melhores Poemas Ruy Espinheira Filho
Seleção - Sérgio Martagão Gesteira

Global Editora, 2012 

"Ruy Espinheira aprendeu a tocar “violinos de névoa”. O poeta busca outra forma, novas fórmulas para, sabe-se lá, diante do bruto, do não lapidado e do inaudito, normatizar os elementos de acordo com o que mandam as imprecisões, de acordo com o que manda o imperativo das coisas sensíveis. O poeta busca encontrar o sentido, busca cores e nomes.

Complexa, mas acessível, conciliando tradição e modernidade, tradição e renovação, a poesia de Ruy Espinheira tem o frescor do vivo: é inaugural. A sua fina faca continua cortando na medida, pronta para encontrar o que pode haver de mais estranho. Existem poemas e canções que sugerem, exigem permanências. Ruy Espinheira é dono de uma poesia vigorosa que não faz concessões, aceita o soneto, brinca com ele, que pega e devolve, amplia entendimentos." (André di Bernardi, publicado no jornal Estado de Minas, 28.04.12, e no blog Conteúdo Livre).


Dia 10 de maio, no quadrilátero da Biblioteca dos Barris, Leitura Pública com Ruy Espinheira Filho, a partir das 17h, com mediação deste leitor.