quinta-feira, 1 de março de 2012

PALAVRAS DE ORDEM



Entre os reféns de um assalto a banco, no interior do estado, estava uma nossa amiga. Ao fim do episódio tormentoso, ela escapou sem maiores danos físicos, mas o sofrimento psicológico durante e depois de um drama desse tipo, sabemos disso, abala qualquer pessoa. Certo mesmo é que ela é forte e tem a poesia na alma; portanto, nasceu imortal.

Sim, houve tudo que sempre há em um assalto a banco com reféns, não interessam detalhes. Do que ela me contou, horrorizada, ficaram-me os aplausos do populacho endereçado aos bandidos, que esparramavam moedas na porta do banco, e os gritos de "vai morrer!" aos reféns.

Quem catava moedas, avidamente, no calçamento da praça? Quem aplaudia a ação dos bandidos? Quem gritava por sangue, pedindo a morte dos reféns?



Foto sem identificação de autoria capturada no blogue focofelicidade.blogspot.com

Um comentário:

  1. Me comovo com esse seu texto, Carlos, e também me pergunto a mesma coisa: quem são aquelas pessoas que aplaudiam tão terrível espetáculo?
    Resta-me esperar dias melhores, que com certeza estarão vindo.
    Grata pela solidariedade, sua e de Mônica. Um abraço.

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